quinta-feira, 25 de abril de 2019

NOVOS ROSTOS DA IMIGRAÇÃO


24/04/2019

BRASIL: NOVOS ROSTOS DA IMIGRAÇÃO

Brasil, terra imensa, quinto maior país do mundo em extensão territorial, com uma população de 202.768.562 de habitantes.  Em 1818, o Brasil adotou a sua primeira política imigratória trazendo, primeiramente, suíços para Nova Friburgo e, sobretudo, alemães, os quais se estabeleceram em maior número na região do Sul do país. A partir da crise do cativeiro, foram trazidos para a lavoura, italianos, espanhóis, portugueses, japoneses, entre outros. No pós-guerra, o Brasil privilegiou a vinda de mão de obra especializada, em especial através dos refugiados de guerra, pois já havia implementado seu processo de industrialização. Entre os anos de 1950 e 1980, a imigração para o Brasil praticamente cessou e foi a vez da migração interna ocupar o cenário. Neste período, o Brasil deixou de ser um país com sua população majoritariamente morando no campo para transformar-se num país urbano, com grande concentração nas Regiões Metropolitanas.
A partir dos anos 1960, novos imigrantes começaram a chegar: bolivianos (que já se faziam presentes nas décadas anteriores), coreanos, e os que fugiam das ditaduras do Cone Sul – chilenos, uruguaios, argentinos e paraguaios. Já na década de 1980, os bolivianos que chegavam mudaram de perfil: não mais estudantes ou profissionais liberais, mas trabalhadores braçais para o ramo das confecções. Já no final dos anos 1990, ingressaram outros imigrantes, vindos dos países andinos (peruanos e colombianos), mas a maior novidade foi a chegada de africanos, em especial vindos de Angola e da República Democrática do Congo, na condição de refugiados. Todavia, hoje o Brasil recebe, embora de maneira pulverizada, africanos de muitos países.
Assim sendo, como indica o documento de Aparecida, há milhões de pessoas que por diferentes motivos estão em constante mobilidade. Na América Latina e no Caribe os emigrantes, deslocados e refugiados, sobretudo por causas econômicas, políticas e de violência constituem fato dramático (nº 411).
Em 2010, após um violento e devastador terremoto que arrasou o Haiti, a pergunta que se fazia, era: O que fazer? Para onde ir?
Sendo assim, não demorou muito a ter presença de migrantes haitianos no Brasil na tentativa de reescrever a gênese de um sonho.
Atualmente, estão aparecendo novos rostos em busca de melhores condições de vida no Brasil. Tratam-se de migrantes venezuelanos. A imigração venezuelana no Brasil foi então gerada pela crise socioeconômica e política que a Venezuela está sofrendo. Devido a essa triste realidade, muitos venezuelanos migraram à procura de melhor qualidade de vida e oportunidades de trabalho.
Nossa obrigação enquanto pessoas comprometidas com a proposta do
evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida.
Nossa missão é de ser igreja peregrina que pára no meio do caminho, olha o
irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25).
Que Deus abençoe essa terra tão acolhedora, Brasil!


Pe. P. Dieucel