24/04/2019
BRASIL: NOVOS ROSTOS DA IMIGRAÇÃO
Brasil, terra imensa, quinto
maior país do mundo em extensão territorial, com uma população de 202.768.562 de
habitantes. Em 1818, o Brasil adotou a sua primeira política
imigratória trazendo, primeiramente, suíços para Nova Friburgo e, sobretudo,
alemães, os quais se estabeleceram em maior número na região do Sul do país. A
partir da crise do cativeiro, foram trazidos para a lavoura, italianos,
espanhóis, portugueses, japoneses, entre outros. No pós-guerra, o Brasil
privilegiou a vinda de mão de obra especializada, em especial através dos
refugiados de guerra, pois já havia implementado seu processo de industrialização.
Entre os anos de 1950 e 1980, a imigração para o Brasil praticamente
cessou e foi a vez da migração interna ocupar o cenário. Neste período, o
Brasil deixou de ser um país com sua população majoritariamente morando no
campo para transformar-se num país urbano, com grande concentração nas Regiões
Metropolitanas.
A partir dos anos 1960, novos
imigrantes começaram a chegar: bolivianos (que já se faziam presentes nas
décadas anteriores), coreanos, e os que fugiam das ditaduras do Cone Sul –
chilenos, uruguaios, argentinos e paraguaios. Já na década de 1980, os
bolivianos que chegavam mudaram de perfil: não mais estudantes ou profissionais
liberais, mas trabalhadores braçais para o ramo das confecções. Já no final dos
anos 1990, ingressaram outros imigrantes, vindos dos países andinos (peruanos e
colombianos), mas a maior novidade foi a chegada de africanos, em especial
vindos de Angola e da República Democrática do Congo, na condição de
refugiados. Todavia, hoje o Brasil recebe, embora de maneira pulverizada,
africanos de muitos países.
Assim sendo, como indica o
documento de Aparecida, há milhões de pessoas que por diferentes motivos estão
em constante mobilidade. Na América Latina e no Caribe os emigrantes,
deslocados e refugiados, sobretudo por causas econômicas, políticas e de
violência constituem fato dramático (nº 411).
Em 2010, após um violento e
devastador terremoto que arrasou o Haiti, a pergunta que se fazia, era: O que
fazer? Para onde ir?
Sendo assim, não demorou muito a
ter presença de migrantes haitianos no Brasil na tentativa de reescrever a
gênese de um sonho.
Atualmente, estão aparecendo
novos rostos em busca de melhores condições de vida no Brasil. Tratam-se de
migrantes venezuelanos. A imigração venezuelana no Brasil foi então gerada pela crise
socioeconômica e política que a Venezuela está
sofrendo. Devido a essa triste realidade, muitos venezuelanos migraram à
procura de melhor qualidade de vida e oportunidades de trabalho.
Nossa obrigação
enquanto pessoas comprometidas com a proposta do
evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida.
evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida.
Nossa missão é de ser
igreja peregrina que pára no meio do caminho, olha o
irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25).
irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25).
Que Deus abençoe essa
terra tão acolhedora, Brasil!
Pe. P. Dieucel