quinta-feira, 26 de março de 2015

La capitale d´Haiti

26/03/2015

La capitale d´Haiti en question

Pierre Dieucel

Après le tremblement de terre qui a eu lieu en Haïti, je pensais que les dirigeants haïtiens allaient discuter sur ce point: vaut-il la peine de reconsidérer Port-au-Prince la capitale d´Haïti après le séisme?
Port-au-Prince est déjà une ville construite sans aucune planification, construction désordonnée, beaucoup de bidonvilles, les bâtiments de l´État, les ambassades et les consulats étrangers ne sont pas bien localisés et situés.
Par exemple, quando on va à l´immigration en Haiti, il n´y a pas d´espace. En plus de cela, pas de structures. Ce n'est pas seulement ce cas, il y en a d´autres.
La surpopulation dans la capitale questionne les autorités, mais ça ne leur préoccupe pas, car ils ferment leurs yeux sur la réalité. Il y a encore l´immigration interne qui est une autre question.
Je pensais que c´était un moment favorable pour changer la capitale vers un autre lieu, car Port-au-Prince n´est pas l´unique lieu stratégique.
Avec cela, je pense que Port-au-Prince allait rester la ville commerciale la plus importante et le cœur du pays. Ainsi, le pays allait avoir une capitale d´administration ou encore politique. Ça ne signifie pas que la corruption prendrait fin. La justice est très importante pour le développement d´un pays, elle doit contrôler la corruption et condamner les corrompus. Combien d´entre eux dans notre pays sont condamnés? La justice haïtienne dort encore.
Par exemple au Brésil, Brasília est le siège des trois principales branches du gouvernement brésilien et accueille les ambassades étrangères. La ville est également le siège de nombreuses grandes entreprises brésiliennes. Ça a été fait par une politique de planification, comme l'emplacement des bâtiments résidentiels autour des zones urbaines étendues, la construction de la ville à travers de grandes avenues et en le divisant en secteurs. Le projet divise la ville en blocs numérotés ainsi que les secteurs d'activités prédéterminés tels que des hôtels, des banques, des ambassades, etc. Si j´étais l´un des dirigeants d´Haïti, le Brésil serait pour moi un miroir et j´allais implanter ce miroir en Haïti. Malheureusement, nos dirigeants sont incapables de copier certains pays amis.
De mon point de vue, Port-au-Prince reste et demeure vulnérable aux agressions extérieures sur une côte bien libre de navigations. Ainsi, la construction d´une nouvelle capitale aurait la répercussion sur une nouvelle technologie capable de mieux contrôler le pays. Le plan principal devait être: retirer la capitale de la côte et donner naissance à un centre administratif.

Selon toi, vaut-il la peine de changer la capitale d´Haïti? Si oui, quelle ville pouvait être considérée pour la nouvelle capitale?

sábado, 14 de março de 2015

Entrevista – Pe. Pierre Dieucel: Haiti


14/03/2015


Entrevista para o Jornal Integração – Pe. Pierre Dieucel[1]

Qual é a situação religiosa e social no Haiti?
Primeiro, vamos situar o Haiti.
O Haiti é um país do Caribe ou da América central cuja população é estimada de 10 milhões de habitantes. Tem duas línguas oficiais: francês e crioulo.
A situação do país se agrava tanto no campo político, no econômico e quanto ao social. A sua realidade social deve o seu ponto de partida na classe política. Esta traz ao país enormes consequências: crises, corrupção, violência, ocupação militar, etc. Além disso, a desigualdade é outra questão social. No que diz respeito ao problema da violência, o Haiti não é um país violento. A violência está diretamente relacionada com as eleições, mas também essa violência tem a ver na situação empobrecida que vive o país. É um país em ira contra seus dirigentes que não conseguem enxergar a realidade e a necessidade do povo.
A instabilidade política é outro ponto necessário a ser destacado. Desde 2004, após a saída do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide no poder, os espaços do Haiti, isto é, o seu mar, o seu território, o seu espaço aéreo, todos ocupados militarmente. Como falar nesse sentido de Soberania Haitiana? Acredito que a soberania e os direitos do povo estão seriamente feridos. Como falar, nesse sentido, de um país independente, se está privado de sua autonomia política?  
As diversas crises surgidas na sociedade haitiana são o resultado da instabilidade política e isso afeta negativamente o crescimento sociopolítico e econômico. Assim, não duvido que o problema do Haiti seja nada mais do que um problema sociopolítico de onde vieram os diversos problemas existentes no país, agravado pelo terremoto de 2010. Para agravar ainda a situação, a mídia internacional insiste no uso e na divulgação de imagens tiradas de favelas, levando os telespectadores e ouvintes em erro e forçando-os a acreditar que o Haiti é apenas um país de pobreza. Em outras palavras, a mídia mostra a face da pobreza e esconde a riqueza. Sendo assim, todo mundo acaba acreditando nessa falsa imagem produzida e apresentada. O que está por trás é uma questão de interesse político. 

A situação religiosa do Haiti
O Haiti é um país predominante cristão.  Falar da situação religiosa do Haiti, cabe-nos um enorme trabalho com muitos assuntos. Quero me delimitar com a realidade pastoral.
A Pastoral da Igreja consiste em continuar a ação de Jesus Cristo. Em relação à prática da pastoral da Igreja do Haiti, pode-se perceber que há uma carência ou uma insuficiência por falta de compromisso, de comunhão, de responsabilidade, de lideranças e de ações concretas.
Houve um grande compromisso cristão, inspirado na Teologia da Libertação, que buscava defender a mesma causa para uma sociedade haitiana mais digna e livre. Eram comunidades cristãs que se reuniam para compartilhar a Palavra de Deus e depois para agir. Hoje, não se vê um projeto pastoral centralizado na urgência de pôr em prática uma evangelização libertadora.
Como pode o pobre viver em paz se ele não tem direitos de acesso e uma adequada qualidade de vida?
Como ele pode viver feliz se seus governantes são guiados pelo desejo de lucro e pela sede de poder buscando seus próprios interesses?
Como ele pode viver em paz se o bem comum não está em seu serviço, se não de uma minoria?
Diante dos diversos problemas que afundam a vida do povo, torna-se necessário descobrir os caminhos e colaborar nas soluções. Para isso, é preciso uma responsabilidade comum. Assim, acho que a Igreja do Haiti deve se mover um pouco mais, criando uma nova perspectiva pastoral, uma nova visão da realidade, uma nova estratégia, uma nova metodologia, etc. Uma nova perspectiva pastoral torna-se o elemento-chave para realizar uma pastoral mais eficaz que seja capaz de enfrentar a situação atual do país e que possa levar a um processo de conscientização.
No Brasil, por exemplo, acontece todos os anos, a Campanha da Fraternidade, que tem como objetivo promover o debate público sobre questões graves que afetam o país e os seus cidadãos. Por exemplo, este ano, o tema proposto é: Igreja e sociedade. Lema: “Eu vim para servir (Cf. Mc 10,45)”. Olhando assim para a realidade haitiana, questiona-se uma campanha semelhante, levando em consideração a releitura de alguns documentos do CELAM, como Medellín e Puebla, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II.

Qual é o significado da presença do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide na presidência do Haiti?
Jean-Bertrand Aristide, quando exercia o seu sacerdócio, era uma das figuras centrais de processo pela libertação, pois as suas homilias chamavam atenção e mexiam contra muitos que exploravam e oprimiam o povo. Jean-Bertrand Aristide como outros padres, tinham desenvolvido no conjunto uma visão teológica libertadora carregada de esperanças. Eles acompanhavam o povo haitiano nas suas lutas denunciando as estruturas dos pecados nos quais o povo se encontrava e continua se encontrando até hoje.
Infelizmente, o ex-padre Jean-Bertrand Aristide se deixou seduzir pela política. Eleito presidente do Haiti duas vezes, sendo as duas vezes derrubado do poder. A sua primeira queda foi um golpe dado pelo Exército Haitiano.
Três anos mais tarde depois de ser reeleito, foi obrigado, sob pressões internacionais e da oposição do país, a deixar o país. Assim, disse-se ser vítima de um sequestro ou de outro golpe de estado.
Voltando ao segundo exílio, dedica-se à educação. Não tem uma participação pública ou talvez ativa na vida da política no país. Muitos da opinião pública consideram o retorno dos exilados, como por exemplo, o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, uma grande ameaça, pois pode contribuir na violência dentro do país. Outros acham normal, o retorno dos políticos exilados. Vejo isso com bons olhos como um processo de diálogo para reconstruir o país, mas coisa que até hoje não está acontecendo. Sua presença é como um processo de reconciliação nacional e o fortalecimento do processo da democracia no Haiti. Para mim, é a maior conquista da democracia no Haiti, depois da queda da ditadura: a volta dos exilados.

Que importância tem a atual presença do Exército Brasileira no Haiti?
Desde 2004, após a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, o Haiti é ocupado militarmente até os nossos dias por forças armadas compostas de várias nações, chefiadas pelo Brasil. O objetivo dessa missão é pacificar e estabilizar o país. Após o terremoto que arrasou o país, as forças armadas foram se aumentando. A presença dessas forças armadas é muito importante, pois a Polícia Nacional do país não podia manter sob controle a situação após a queda do ex-presidente.
É já uma década. O mundo que observa pode se perguntar: o que se tem realizado ao longo desses anos no país?
Dos diversos países que têm suas forças armadas no Haiti, o povo haitiano se adapta bem melhor com os brasileiros. Creio que o futebol é o elemento principal que promove essa aproximação com mais facilidade. A presença deles continua sendo muito importante, pois não há ainda uma força confiável para manter e controlar a segurança no país. Parece que o Brasil está desenvolvendo um papel muito importante no comando dessa missão, pois faz uma década.

Algo a dizer em relação aos migrantes haitianos?
A presença dos migrantes abre grandes interesses no campo antropológico, cultural, religioso, etc. Assim, muitos estudantes se interessam em conhecer melhor a história do Haiti e a sua migração. No entanto, há muitos mal-entendidos quanto ao país e essa atual migração. Muitos pensam que o Haiti é um país paupérrimo, como a mídia vem divulgando, como se lá só houvesse pobreza. Essa insistência sobre a pobreza do Haiti é uma questão de interesse que vem adotando a Comunidade Internacional.
Com essa migração, o Brasil está mostrando para o mundo inteiro que é certamente um país acolhedor e que cresce economicamente, pois todos os migrantes que chegam, trabalham.  Os migrantes não são vistos só como trabalhadores, mas também como estudantes, pois o Brasil ultimamente tem oferecido 83 vagas em 21 cursos de graduação aos haitianos, na UNILA: Universidade Federal da Integração Latino-americana, em Foz do Iguaçu – PR. Isso simboliza um reconhecimento de que os migrantes fazem parte da construção da história do Brasil e que cabe à universidade pública incluir essa comunidade qualitativa, como explicou a pró-reitora, Gisele Ricobom.
A migração haitiana hoje está espalhada em todo o Brasil. A falta de mão de obra exige as empresas à procura de migrantes. É assim que a migração haitiana vem se expandindo muito. Os migrantes haitianos estão mais concentrados nas cidades brasileiras industrializadas, fábricas, frigoríficos, construções, etc. Por exemplo, nas cidades industrializadas gaúchas muitos se encontram trabalhando. A queixa mais comum deles é o dinheiro (conversão do real em dólar), o aluguel, o salário e a língua.

Considerações finais
Sinto-me muito agradecido por ter recebido a minha formação teológico-pastoral no Brasil. Penso que não teria um melhor lugar como o Brasil que poderia recebê-la. Atuamos de forma positiva sobre a sociedade na medida em que somos capazes de desenvolver projetos que a transformam com o desejo de mudar a realidade em que vivemos. Assim, a experiência de nossa fé cristã não pode deixar de levar a uma preocupação constante para a construção de um mundo mais humano. Desta maneira, somos chamados a dar, à luz do evangelho, uma contribuição para a humanização da sociedade com a mensagem do Evangelho como uma força libertadora que leva à conversão do coração e da mentalidade.





[1] Nasceu no Haiti. Formou-se no Brasil, São Paulo, 2008-2012. Ordenou-se padre no Haiti – Porto Príncipe em 2013. Atualmente trabalha como vigário na paróquia São Pedro de Encantado –RS.

Ayopò peyi Dayiti


14/03/2015
Li sa a, tanpri! Ann kòmanse konsyantize Leta Ayisyen an ak chak grenn ayisyen, kòmanse pa mwen menm!

Pierre Dieucel
Genyen yon kay ki bèl pa deyò oubyen pa anndan, kiyès ladan yo ou ta plis prefere?
Kisa ki reprezante pòt sòti ak antre de yon peyi?
Se vrèman AYOPÒ.
Ann fè yon ti koze sou èpòt nou peyi Dayiti. Ou menm ki vwayaje anpil, kisa w panse?
Mezanmi! politisyen ayisyen mwen yo ki pral li petèt tèks sa, mwen mande nou pou nou pa fache, pa gen move entansyon kont mwen, sèlman asepte reyalite-a. Ou ki vwayaje anpil, ou wè nou genyen yon èpòt serye nan ti peyi sa?
Sa fè lontan, yon zanmi m te rakonte-m ke li te al resevwa yon zanmi l nan èpòt la, zanmi an mande l konsa: Sa-a se yon tèminal bis?
Kisa w panse de sa? Ki repons ou te ka bay, si se te ou menm?
Frè-m ak sè mwen yo, pa di: m´ap kritike, se plis sa fè mwen mal, lè m´ap gade lót peyi, kouman bagay yo byen òganize, nou menm, lakay nou mal òganize. Kisa ou pral di-m, ou pa wè pwoblèm nan se nan politisyen nou yo ak nan leta ayisyen l ye.
Nan tout èpòt nan tout peyi mwen pase, m toujou wè anpil plak ki pou avize w. Pafwa mwen konn rete mwen egare, paske mwen pa te abitye wè bèl bagay sa yo lakay mwen. Pafwa ayisyen an vwayaje, lè l rive nan lòt peyi li egare, l´ap plede gade bagay li pa te jamè te konn wè. Se pa fòt li, paske li pa te abitye ak bèl bagay.
Lòt bagay ankò ke mwen pa wè, se RAKYETÈ. Nan peyi Dayiti, chaje ak rakyetè. Depi malèt ou depase limit, rakyetè a gentan parèt devan w vinn mande w lajan wi. Ou vle di-m ke moun sou kès yo pa konn sa? Al kwè sa!
Si w vle wè rakyetè nan peyi Dayiti, al nan DGI, al nan imigrasyon oubyen al nan sèvis leta yo. Alò se peyi sa ou di m w´ap rekonstwi a? Ou pa wè se sou blóf yo ye.
Pa jije rakyetè yo mal, si peyi Dayiti te gen lòd, jistis, bagay serye, pa tap gen bagay sa yo. Ou vle di m tou ke otorite yo pa konn sa? Al kwè sa, egare!
Aló, se peyi sa yap rekonstwi-a?
Lòt bagay ankò ke mwen apresye, moun yo konn pale ak moun. Nan peyi Dayiti, menm souri yo pap souri ba ou. Mezanmi! peyi-a malad nan tout sans, nan tout kò l.
Lòt bagay ankò, gen tout kalite sèvis, pa egzanp kote pou w manje, pou w mache, pou w achte, pou w mande enfómasyon ak elatriye. Nan peyi Dayiti, gen bagay sa yo, ann serye?
Pi gwo bagay ke mwen apresye: tout moun ki vinn chèche yon moun oubyen ki vinn tann moun yo, pa rete deyò anba sòlèy; tout antre anndan. Nan peyi Dayiti, ou dwe rete anba sòlèy cho a; Si l fè lapli, ou dwe rete la. Alò, se konsa moun trete moun, kote dwa moun yo ye? 
Alò se peyi sa yap rekonstwi-a?
Ou pa wè se sou blòf LETA AYISYEN ye. Tout se ti pati pa yo-a, yap defann. Se naje pou w sòti. Kote lajistis? Lap dòmi toujou.
Nan peyi Dayiti, tout moun sou blòf!
Lòt pi gwo bagay la, taksi yo byen òganize. Genyen anpil sèvis. Lakay nou nan peyi Dayiti, ou ka fè taksi ak nenpót vye machin, pa gen yon leta ki pral revize l. Nan peyi serye, bagay yo fèt nan lòd ak nan disiplin.
Pou m tèmine, ann konsyan ke nou pa gen yon èpòt serye. Pou kisa nou pa vle fè yon lòt? Ou vle di m se lajan ki pa genyen?
Kote lajan ke nap plede ramase ak banboche yo?
Gade yo! yo sezi, paske map pale verite!
Ayopò Ayiti-a pa bèl ni anndan, ni deyò. Leta Ayisyen se sou blòf yo kanpe.
Pierre Dieucel, pitit peyi-a.


Haiti en construction

14/03/2015


Daprè ou menm, ou panse Leta Ayisyen deside rekonstwi peyi Dayiti?

Pierre Dieucel
Nan vizyon pa-m, mwen te ka di wi, Leta Ayisyen ta renmen rekonstwi peyi-a, men se sou blòf anpil ladan yo ye; se pati pa yo, yap chèche. Wi, genyen bòn volonte, men anpil ladan yo kite lajan ak anbisyon pou pouvwa fè yo pèdi tèt yo.
Anpil ladan yo pap goumen pou peyi-a sinon pou pòch yo, pou renome ak fanmi yo, yap goumen.
Mwen menm pèsonèlman, lè map tande diskou "Rekonstriksyon peyi Dayiti", mwen ri. Kouman yo rekonstwi yon peyi?
Se mache fè gwo kay ak rekonstwi kay ki te kraze; se sa ki rekonstriksyon an? Ou pa wè moun sa yo se sou blòf yo kanpe?
Pou m santi ke gen yon bagay serye k´ap fèt, fòk leta ayisyen ta kómanse etabli yon baz. Yo konn rekonstwi kay san baz? Peyi-a pa gen lòd, pa gen disiplin, chaje ak tou rego, lavi moun pa respekte, pa gen kouran, pa gen dlo potab, pa gen sèvis sanitè, sèvis leta chaje ak rakyetè, lajistis pa fonksyone, peyi-a chaje ak inegalite, moun ap plede mouri pou lasante, pa gen sekirite, pa gen travay, pa gen mache ak elatriye. Kriz sou kriz politik. Bagay ki rele mache a menm, pa gen kote pou malerèz yo vann. Pafwa se nan lari oubyen ak kivèt sou tèt yo ap pwomennen nan lari-a.
Al anba lavil la pou w wè sa kap pase. Chaje ak tou rego, chaje ak vye dlo santi. Moun yo se anba solèy cho-a yap vann. Bagay yo pa óganize menm. Kouman sa rele, se pa lamizè? Ki kote w jwenn sa?
Transpò pa òganize. Pa gen tèminal pou bis ni pou machin transpò. Yo fè machin nan pou 2 plas nan chak ban, yo fòse l pran 3  moun. Ki kote w jwenn bagay sa ankò?
Gade jan yon pèp pa gen chans!
Nan peyi Dayiti, ou ka vide machin sab la nan mitan lari-a. Machin kanpe nan mitan lari pou pran pasaje ni pou depoze pasaje. Machin yo pafwa pa an bon eta. Moun sou tèt machin ap vwayaje.
Pou zafè kouran menm, sa pi tris. Ou ka konekte kouran w pa-w apre sa ou vann li bay yon lòt moun. Se pa orè yo bay kouran nan peyi Dayiti. Kouman pèp la pral enfòme l ak sa kap pase nan peyi-a kouman lòtbò dlo? Menm pou l ta bwè yon ti dlo glase.
Alò se peyi-a sa Leta Ayiti di lap rekonstwi a?

Pi fò ayisyen pa konn devwa ak dwa yo, paske leta-a pa fòme yo, pa enfòme yo, li pa edike yo. Mwen kap pale-a, m pa konn anyen de bagay sa yo.


Vrè rekonstriksyon peyi Dayiti dwe kómanse pa chak sitwayen ayisyen. Se dabò yon pwosesis de konsiantizasyon ki ta dwe kómanse. Chak enstitisyon ap pote sipò yo nan pwosesis sa-a.
Yo pa konn fè konstriksyon nan dezòd, se nan lòd yo fè sa. Baz la, se lòd la.
Mezanmi! pa kondane-m pou verite mwen pale-a. Si w santi mwen manyen maleng lan, pa fè mwen mal. Si-m pale konsa, se paske mwen vle pou peyi-m mache. Gen moun ki di rad sal se anndan kay yo lave sa, men sa fè 200 zan n´ap lave rad sal anndan kay, men kisa ki chanje?
Sa-a pa sekrè li ye, paske tout etranje ki ale nan peyi Dayiti konn reyalite peyi-a, pou kisa ou menm wap kache l? Se nan kache sa wi ki fè l´ap rete menm jan an wi. Ann pale koze-a, pou dirijan nou yo ka pran konsyans!

Dirijan nou yo sou blòf
Pandan yap blofe-n, yap pwofite
Epi sila yo ki pòv vinn pi pòv
Sila yo ki rich, vinn pi rich
Kote lajistis nan peyi Dayiti? L´ap dòmi toujou

Pierre Dieucel, yonn nan pitit peyi-a