Da reflexão à ação: uma
tomada de consciência
Pe. Pierre Dieucel
Na nossa última
reflexão em relação à migração, um dos questionamentos que havíamos levantado,
foi: como atender as pessoas (migrantes) em deslocamento massivo em um mundo em
crise.
Uma coisa que devemos
saber, é que o fenómeno da migração é muito antigo, mas ao longo das últimas
décadas, os fluxos migratórios vêm crescendo cada vez mais e nos levam a
questionar a forma como a sociedade acolhe essas pessoas em busca de uma melhor
condição de vida. Perante tal contexto, a nossa sociedade está enfrentando uma crescente
crise humanitária.
Diante de tais
situações, a resposta das autoridades públicas é muito significativa. E ainda
muito mais a nossa resposta, como cristãos comprometidos com a proposta do
Evangelho de Jesus Cristo. Assim, a nossa missão é de ser igreja peregrina que pára no meio do caminho, olha o irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele.
Evangelho de Jesus Cristo. Assim, a nossa missão é de ser igreja peregrina que pára no meio do caminho, olha o irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele.
Infelizmente, muitas vezes
ouvem-se queixas como: "não podemos acolher toda a miséria do mundo",
"É a invasão", "Imigração fortalece o desemprego e crise",
"essas pessoas ameaçam nossa segurança", etc. Trata-se assim de uma tendência
provocada pela rejeição e depreciação. Isso acaba criando um
sentimento de medo.
Sim, sabemos realmente
que existem, em qualquer multidão, pessoas com más intenções, mas isso não deve
nos impedir de continuar a missão de acolher, pois acolher o próximo é acolher
o próprio Cristo.
Desprezo, preconceito,
discriminação, indiferença são sentimentos que não nos levam a lugar nenhum.
Enfim, somos
"UM", compartilhando o mesmo planeta, a mesma terra e o mesmo céu.
Por isso, vivamos o
ensinamento do Evangelho que é o: AMOR!
Façamos o bem sem
olharmos para quem, pois a nossa recompensa será maior no céu!